A polêmica em torno das declarações do presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, sobre o Santa Cruz continua a gerar repercussão nos bastidores do futebol estadual. Desta vez, Laércio Guerra, presidente do Retrô, levantou dúvidas sobre a imparcialidade da arbitragem no Campeonato Pernambucano, especialmente em partidas envolvendo o Tricolor do Arruda.
Segundo Guerra, a fala de Carvalho — insinuando que a tabela do torneio teria sido elaborada para beneficiar o Santa Cruz — colocou em xeque a credibilidade da competição. O mandatário do Retrô também revelou que o presidente do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, negou qualquer envolvimento ou alinhamento com o teor das declarações do chefe da FPF.
“A gente ficou muito preocupado com o fato de ser público e dito que o Campeonato Pernambucano foi montado para beneficiar o Santa Cruz. Conversei com o presidente do Santa Cruz, e ele de forma alguma compactuou com absolutamente nada do que foi dito”, afirmou Laércio Guerra.
O presidente do Retrô alertou que as declarações podem criar um ambiente de desconfiança em relação às decisões da arbitragem durante o campeonato, especialmente em jogos envolvendo o Santa Cruz.
“Qualquer intervenção da arbitragem, que pode ocorrer naturalmente porque o árbitro não é 100%, será vista sob suspeita. Isso porque foi dito que a tabela foi feita para ajudar o Santa Cruz”, enfatizou.
Pedido de arbitragem externa
Em resposta ao cenário de incertezas, Guerra confirmou que o G7 — grupo formado por Retrô, Central, Afogados, Maguary, Petrolina, Decisão e Jaguar — decidiu solicitar formalmente que todas as partidas contra o Santa Cruz, independentemente de serem no Arruda ou fora de casa, contem com arbitragem de fora do estado.
“Os clubes do G7 vão pedir à federação que todos os jogos contra o Santa Cruz tenham arbitragem de fora. A declaração de que o campeonato foi feito para beneficiar o Santa Cruz coloca todos nós em uma situação complicada”, reforçou o dirigente.
Impacto na competição
O pedido do G7 promete aumentar a pressão sobre a FPF e trazer ainda mais holofotes para a condução do Campeonato Pernambucano. A exigência de arbitragem externa busca garantir maior isonomia e evitar possíveis julgamentos precipitados, mas também evidencia a crise de confiança instaurada na relação entre clubes, federação e arbitragem local.
O Santa Cruz, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o posicionamento do G7. Enquanto isso, os bastidores do futebol pernambucano seguem agitados, e a questão da arbitragem promete ser um dos temas centrais da próxima edição do estadual.
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